Uma equipe de pesquisadores do Facebook está desenvolvendo um dispositivo vestível que permite ao usuário “ler” mensagens eletrônicas como e-mails através de sua pele. O equipamento codifica a linguagem escrita em fonemas (sons) e os transmite em forma de vibrações.
Isso Tá um Pouco Confuso
Um pouco confuso de entender, talvez? Bem, imagine que você esteja dirigindo em uma estrada movimentada e deseje consultar um e-mail importante durante o trajeto. A primeira alternativa para não desviar os olhos da direção seria, pedir que alguém dentro do carro lesse a mensagem.
Mas digamos que você esteja sozinho e ainda assim precise ler o e-mail. Uma segunda opção seria ter previamente instalado em seu smartphone algum aplicativo que fizesse a leitura da mensagem eletrônica para você (hoje em dia, existem aplicativos capazes de desempenhar essa função com eficiência).
Agora suponha que você esteja sozinho; não tenha instalado qualquer aplicativo de leitura de e-mails; e a estrada não tenha nenhum acostamento para parar o veículo. É nesse cenário hipotético (mas possível) que entraria o novo dispositivo construído no Building 8, o laboratório secreto de hardware do Facebook.
E se você pudesse ler e-mails através de sua pele?
O que a equipe do Building 8 está propondo é que as pessoas possam “ler” e-mails e todos os demais tipos de mensagens eletrônicas (SMS, WhatsApp, Telegram…) através da pele. Os usuários receberiam informações sobre o que está acontecendo no mundo sem interromper as conversas ou outras atividades.
Um Novo Tipo de Comunicação
Para viabilizar o novo tipo de comunicação, os pesquisadores construíram um braço repleto de atuadores. Quando são disparados, os atuadores vibram em pontos distintos do braço eletrônico, fazendo com que o usuário sinta cada uma das vibrações. Assim sendo cada tremor representa um fonema, um som distinto.
Primeiramente a equipe do Building 8 ensinou voluntários a sentir, em três minutos, quatro tipos de fonemas distintos. Logo após 90 minutos de treinamento, os participantes foram capazes de reconhecer 100 palavras com 90% de precisão. Após mais 90 minutos, alguns conseguiram aprender 500 palavras.
A tecnologia propõe um novo tipo de comunicação (chamada transcutânea), na qual as pessoas aprenderiam a identificar fonemas distintos, por meio de vibrações em pontos específicos, para então converter os tremores em linguagem. O vídeo a seguir ilustra um pouco mais como funcionaria o sistema:
Sem Dizer Uma Palavra:
É bem verdade que a pele humana não tem o mesmo poder de processamento de informações que nossos olhos e ouvidos. Também é verdade que o protótipo ainda é bastante desajeitado e necessita de inúmeros aprimoramentos. Mas, ainda assim, os pesquisadores enxergam um futuro promissor.
Dentre as aplicações possíveis, a nova tecnologia poderá ser convertida em um relógio inteligente (smartwatch) que entrega mensagens específicas através de vibrações. Da mesma forma pode ajudar pessoas com deficiências auditivas e visuais a obter informações com mais facilidade.
No futuro, as pessoas serão plenamente capazes de se comunicar umas com as outras a partir de vibrações. Sem dizer uma única palavra!
Fonte: Futuro Exponencial
